O território do município de Extrema foi constituído em 1901, a partir do desmembramento de terras pertencentes a Camanducaia. Esta, por sua vez, era uma das mais antigas freguesias da administração colonial na região sul de Minas Gerais. Em 1764, o governador da Capitania de Minas Gerais, Luís Diogo Lobo da Silva, determinou a implantação de um registro fiscal às margens do Rio Jaguari. Tal iniciativa tinha como objetivo impor a jurisdição de Minas Gerais ao norte do Morro do Lopo, uma região desejada pelas autoridades das capitanias de Minas Gerais e de São Paulo na época, e tentar evitar o contrabando de ouro. A questão da fronteira entre Minas Gerais e São Paulo no referido trecho só foi resolvida na década de 1930.
A primeira referência à existência de um núcleo populacional na região de Extrema data de 26 de dezembro de 1788, quando o batismo de um menino foi registrado na matriz de Nossa Senhora da Conceição de Camanducaia. Os pais da criança eram moradores do “Bairro da Extrema”. Em agosto de 1832, o fazendeiro José Alves obteve permissão para construir uma capela na região, consagrada a Santa Rita de Cássia.
Ao longo do período imperial, foram registrados movimentos separatistas na zona que corresponde ao sul de Minas Gerais, que também envolveram moradores do distrito de Santa Rita da Extrema. Nas últimas décadas do século XIX, imigrantes europeus, especialmente italianos e portugueses, começaram a se estabelecer em Extrema e a se integrar na vida política e social local. Posteriormente, imigrantes japoneses também se instalaram no município.
Extrema tornou-se um município independente em 1901, e a data de sua emancipação política e administrativa é comemorada anualmente em 16 de setembro. O século XX foi marcado por grandes transformações na região, incluindo a conclusão, em 1961, das obras da BR-31 (atual BR 381 – Rodovia Fernão Dias), os primeiros esforços para promover o turismo como instrumento de desenvolvimento socioeconômico na década de 1960, a instalação da primeira indústria nos anos 1970, a duplicação da BR 381 concluída em 2005, e uma política crescente de atração de indústrias desde os anos 1980 até o presente, aliada à preocupação com a diversificação da economia local e a preservação dos recursos naturais e culturais.
Nos últimos anos, o município de Extrema tem se destacado em vários indicadores socioeconômicos de Minas Gerais e do país. O município alcançou a primeira posição no Índice Mineiro de Responsabilidade Social da Fundação João Pinheiro, com base no ano de 2010, que considera áreas como saúde, educação, segurança pública, finanças municipais, meio ambiente, esporte e turismo, renda, assistência social e cultura. Além disso, em 2019, Extrema foi eleita pela quinta vez consecutiva como a cidade mais sustentável do Brasil, segundo o Índice de Sustentabilidade da Cidades (ISC) da consultoria Urban Systems. O município é reconhecido por suas práticas inovadoras em gestão ambiental, como o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que remunera produtores rurais que preservam áreas de mata nativa em suas propriedades.
Outro destaque de Extrema é sua vocação turística, que se consolidou a partir da década de 1980. O município conta com diversas opções de lazer e aventura, como trilhas ecológicas, rapel, rafting, escalada, vôo livre e esportes náuticos. A cidade também é conhecida pela gastronomia típica mineira e pela produção de cachaças artesanais.
Em resumo, a história de Extrema é marcada por sua importância estratégica como fronteira entre Minas Gerais e São Paulo, pelo papel dos imigrantes na formação da sociedade local e pelas transformações econômicas e sociais ao longo do século XX. Atualmente, o município se destaca pelos indicadores de desenvolvimento socioeconômico e pela inovação em práticas de gestão ambiental e turismo sustentável.
FONTE: Pesquisa de Rafaela Ferreira da Silva publicado no site oficial da Prefeitura de Extrema-MG.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dados da prévia do Censo 2022 divulgados em dezembro de 2022 apontam que Extrema está entre as 51 cidades do Sul de Minas que apresentaram aumento populacional. Extrema tem agora 53.482 habitantes, o que representa um acréscimo de 15.871 moradores em relação à estimativa de 2021.
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